quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cedo demais!

Sempre acreditei que o ser humano tem uma boa qualidade: é capaz de “se moldar” para quase todas as situações; apesar de que alguns realmente não consigam simplesmente moldar-se.

Sabemos que nem tudo é para sempre, nem o nosso corpo e nem os materiais... E um dia, acaba. Fim.
Mas eu também acredito que tem uma “continuação” depois desse “fim”. O que eu apelido carinhosamente de “Fase Dois”. É o lugar onde finalmente podemos descansar e ver tudo aquilo que a gente fez nessa vida, algo como se você pudesse ver o seu próprio filme e tentar melhorar na próxima de algum jeito ou outro.
Será que o nosso destino já estava escrito antes de nascermos ou somos nós que fazemos no longo da vida? Eu penso que já está escrito, ao menos que você interfira com as drogas ou qualquer desgraça do tipo. Penso que antes de nascermos, nós já sabemos como vai ser esta vida, porém “esquecemos” e VIRE-SE.
Quando uma pessoa desencarna (morre), para mim, quer dizer que ela já fez tudo o que tinha que fazer, não restava mais nada. Estava completa. Sua missão, terminada. Mas é claro que durante essa difícil missão, vai conhecendo amigos, amor pela família, deixando frutos e laços... Daí, quando essa pessoa desencarna, bate aquela saudade no peito e a necessidade de vê-la novamente, como se não pudesse acreditar que nunca mais vai ver outra vez ou dar risada com ela. Enchemos os olhos de lágrimas e colocamos os óculos escuros para tentar “disfarçar” a terrível saudade, que não é nada mais do que uma grande prova – e triste - de demonstrar o amor e só daí percebemos o quanto a pessoa fazia falta.
Posso estar totalmente errada da minha teoria do “fim”, mas eu tenho certeza de que não estou errada do significado da saudade e a dor quando uma pessoa querida se foi, não é?

Para finalizar, quero colocar uma música, do Legião Urbana, na composição, é claro, de Renato Russo de “Os Bons Morrem Jovens”, que expressa aquilo que estou sentindo agora:



É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais

Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!

Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...

Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!

E cedo demais...
Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste mundo
O verão acabou.
Cedo demais!



Vô Orlando, você sempre vai estar presente em nós! Vamos lembrar de você com muito carinho e alegria! Te amamos muito.